Música

Conheça playlists no Spotify e Deezer com seleção de músicos, como Belchior, Lô Borges, Pavilhão 9 e

segunda, 12 de junho de 2023

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A Coleção Fonográfica, do Sesc Digital, foi criada pela artista, designer e pesquisadora musical Mariana da Matta, e revela a importância da arte estampada nas capas de discos icônicos da MPB

As capas dos discos lançados ao longo de décadas no Brasil atraem colecionadores e ajudam a contar um pouco da história de artistas de todo o mundo. Agregam ainda sentido a cada obra enquanto representam um retrato de sua época. É o que apresenta a coleção Fonográfica, projeto da artista, designer e pesquisadora musical Mariana da Matta, composta por playlists disponíveis nos perfis do Sesc São Paulo, nas plataformas de streaming Spotify e Deezer. São duas coleções que reconhecem capas de discos icônicos como obras de arte e uma extensão da música.

O volume I apresenta uma seleção de discos brasileiros com capas dignas de quadros para serem contemplados. São músicas representadas por ilustração, colagem, fotografia e tipografia.  Enquanto no volume II, as capas são consideradas obras de arte para serem “vistas com as mãos”. São ilustrações e imagens que reverberam em dobras tridimensionais, pôsteres, interações, acabamentos gráficos, encartes e afins, e assim, enriquecem a relação sensorial com a música, tornando-a palpável. 

O disco “Alucinação”, que tem a capa concebida pelo fotógrafo carioca Januário Garcia, falecido em 2021, estampa Belchior em uma imagem produzida com um efeito chamado solarização. A obra vendeu mais de 30 mil cópias, apenas no primeiro mês, e traz músicas que retratam a inquietude do jovem brasileiro em plena ditadura militar, com letras que expressam o sentimento de toda uma geração. 

Em “Se Deus Vier, que Venha Armado” (1999), a crítica social cortante do Pavilhão 9 é antecipada pela capa de Muti Randolph: sob um fundo vermelho, a ilustração de uma escultura de Jesus Cristo depois de ser torturado pelos soldados romanos. 

Já a estreia solo de Lô Borges, em 1972, ficou conhecida informalmente como “o disco do tênis”; crédito para Cafi (1950-2019), o autor da fotografia do Adidas branco do artista mineiro é um dos responsáveis pela capa.

A autora do projeto Mariana da Matta, artista visual, designer gráfica, e editora do selo de publicação independente Sismo, partiu da premissa “a capa é o prefácio do disco”, uma frase da cantora e compositora Joyce Moreno. Mais que uma simples tradução da música que embala, a capa de um disco pode ser um convite ao mesmo tempo em que é extensão do projeto musical. É um elemento ativo e colaborativo na construção da obra. 

Esse elemento criativo que compõe um disco teve início na década de 1950, quando as capas passaram a ser entendidas como importante elemento de comunicação visual. Até hoje as peças apresentam diversas linguagens, como ilustração, colagem, fotografia, tipografia, embalagem e acabamentos gráficos. 

Dentre inúmeras capas tipográficas, a seleção Fonográfica traz exemplos da linguagem popular com as letras bordadas do Grupo Rumo ou as aproximações com o grafite do Grupo Paranga e Chico Buarque - este último, com “Calabar”, alvo da censura repressiva da ditadura. 

De dobras tridimensionais nas capas de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Simone e Quinteto Violado, aos discos que trazem pôsteres, como em Sá, Rodrix & Guarabyra e Milton Nascimento. Capas que simulam objetos, como o caderno de viagens de Sá & Guarabyra ou o selo de pequi de Beto Guedes. Outros apresentam elementos interativos, como em Olívia Hime, A Arca de Noé, Belchior e BaianaSystem, ou ainda valorizam detalhes gráficos como o relevo em Clementina de Jesus e o acabamento metálico em Maria Bethânia.

A coleção Fotográfica mostra, portanto, que não só de músicas as obras se expressam. As capas contam com elementos criativos que contribuem com a expressão das canções contidas nos álbuns e sugerem leituras simultâneas, sejam gráficas ou sociopolíticas. Além de simplesmente ouvir um disco, as pessoas interessadas podem interpretar a produção visual existente na capa construída a partir de várias formas de arte.

Serviço:

Fonográfica Vol. 1 - Tá na Capa
Spotify
Deezer 

Fonográfica Vol. 2 - Além da Capa
Spotify
Deezer 

+ Sesc Digital 

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