Supersônicas

“Na linha torta”, de John Mueller tem Guinga e Cristóvão Bastos

quinta, 03 de maio de 2018

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Catarinense de Blumenau, nascido em 1982, escolado nas casas noturnas do Vale do Itajaí, o cantor, compositor e violonista John Mueller aposta na diversidade de linguagens da MPB. Em 2015, estreou em Por um fio, com adesões de Cristóvão Bastos, Jorge Helder, Kiko Freitas, Caio Fernando e Mazin Silva.

O novo disco, Na linha torta tem direção musical do mesmo Jorge Helder, baixista da banda de Chico Buarque, e o piano do supra citado Cristóvão Bastos (que já tocou com Paulinho da Viola, Elza Soares, Fafá de Belém, Edu Lobo, Gal Costa, Nelson Gonçalves) logo na faixa de abertura, “Ideograma” (parceria com André Fernandes e Bruno Kohl), próxima da toada: “quando a noite vem/ pra descedilhar/ peco em cada verso o meu perdão”.

O supremo Guinga empresta voz e violão à sombria faixa título, com o parceiro mais habitual de Mueller, Gregory Haertel: “A vida perdeu a linha/ que me mantinha preso a você/ você foi e eu fiquei de esquecer”. O acordeonista Bruno Moritz conjuga o instrumento e arranjo no xaxado retirante “Fronteiras” (com Pochyua Andrade) e a cantora Ana Paula da Silva dueta e contracanta com o solista em outro tema retirante, a eloqüente “Maré Rasa (Canção de partida)”, mais uma parceria dele com Haertel. Igualmente convidada, a cantora, Fabi Felix encara as sincopas de “Cambalhotas”, também com Haertel, que prega a imperfeição: “É sensato/ exato é/ ponha pra correr/ faça errado/ aperte o pé/ saiba se perder”.


Fonte da imagem: capa do CD "Na Linha Torta" | Arte de Jonas Gomes

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