Música

Sylvio Fraga lança clipe filmado na floresta da Bahia

sábado, 15 de agosto de 2020

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Um cacho de bananas amadurecendo e toda a sorte de animais silvestres levando o seu bocado. Amanhece, anoitece e a câmera registra um quati, um tatu-peba, um cachorro-do-mato e outros moradores locais se servindo da fruta. “Concebi o filme como um poema. Um cacho de bananas no mato e, depois, cacho nenhum”, recorda Sylvio Fraga. “O lagarto e o gato largado” é o nome - e quase um trava língua – da canção que toca no clipe. Parceria dele com José Arimatéa e Bruno Aguilar, a faixa está gravada no álbum “Canção da Cabra” (Rocinante, 2019), do Sylvio Fraga Quinteto com o maestro Letieres Leite.


“Esse clipe surgiu de um hobby meu que é colocar câmeras na floresta e observar a vida selvagem como se eu fosse uma planta. É incrível ver como esse cantinho de floresta é passagem de tantas vidas, todas imersas em seu dia a dia, em sua noite a noite, lutando contra e a favor dos elementos”, conta Sylvio. O artista deixou estrategicamente a câmera na mata de Una, interior da Bahia, por alguns dias, de modo a coletar essas imagens, e depois editou o material, resultando neste poético filme de 6’35’’.

Sempre cercado pelo verde e por animais, Sylvio dedica o clipe ao trabalho do Instituto Vida Livre, de Roched Seba.“Se naquele cantinho de mata tudo que se vê no clipe acontece, imagina quando desmatam quilômetros e quilômetros de floresta?”, questiona, preocupado com a devastação causada pelas queimadas e pelo avanço da mão humana sobre territórios naturais. “Às vezes na confusão da vida urbana fecho os olhos e penso nos pequenos animais vivendo suas vidas livres e secretas e isso me consola”.

A melodia de “O lagarto e o gato largado” nasceu de um improviso do trompetista José Arimatéa numa outra música, por sorte gravada em ensaio. Quando Sylvio ouviu o registro, sentiu que esse solo era uma estranha canção pronta e rabiscou a letra na mesma hora. Depois o baixista Bruno Aguilar compôs mais um pedaço e os três construíram a forma e o arranjo de base. Letieres Leite concebeu um arranjo para sopros que começa nas madeiras eruditas e desemboca na Orkestra Rumpilezz.

Sylvio Fraga (Foto: João Atala/Divulgação) 

Encaminhado por: Belmira Comunicação 

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