Jogada de Música

Pepeu fazendo Música e jogando bola

quarta, 05 de junho de 2019

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Um dos grandes craques da guitarra brasileira, Pepeu Gomes foi revelado por um time dos sonhos, Os Novos Baianos. O grupo surgido no fim dos anos 60, que reunia em sua formação também os talentosos Moraes Moreira, Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil), Paulinho Boca de Cantor, Dadi, Luiz Galvão e outros, teve um time de futebol que se apresentou em campos de várias cidades do Brasil. Não à toa, tem um LP chamado “Novos Baianos FC” (1973), que traz em sua capa o grupo-time em ação com a bola.

NOVOS BAIANOS F.C.

A paixão pelo futebol está nas veias de Pepeu, cuja habilidade e criatividade com a guitarra fazem dele um dos mais inventivos instrumentistas do país. Com ela em suas mãos, é como o craque que dá ritmo à sua equipe, ora mais veloz, ora mais cadenciado, sempre com maestria.

LINGUAGEM DO ALUNTE (faixa 8)

E foi mesmo nos Novos Baianos que o guitarrista começou a participar, compondo ou tocando e cantando músicas que abordavam o futebol em suas letras. Primeiro foi “Só se não for brasileiro nesta hora”, de Moraes Moreira e Luiz Galvão, do LP de 73, e posteriormente “Reis da Bola”, que ele compôs com Moraes Moreira e Galvão, e foi lançada no álbum "Linguagem do Alunte", de 74.

GERAÇÃO DE SOM (faixa 6)  (faixa 12) 

As reverências de Pepeu ao mundo da bola prosseguiram com mais força em sua carreira solo. Já na estreia, no estupendo “Geração do Som”, de 1978, arrasou nas instrumentais “Toninho Cerezzo”, então um jovem volante de passadas largas e passes precisos do Atlético-MG e já na seleção brasileira, e também “Flamenguista”, choro que seria (penso eu e posso estar redondamente enganado) um contraponto ao “Vascaíno” de Jacob de Bandolim.

UM RAIO LASER (faixa 1)

Com um estilo que é a verdadeira mistura de estilos, Pepeu figurou, em 1988, entre os dez maiores guitarristas do mundo de acordo com revista americana “Guitar World”. Do choro, de sua formação em casa e no qual também toca bandolim, ao heavy metal, como demonstrou no primeiro Rock in Rio (1985) ao lado de Baby, ele não perde a mão, nem a viagem. E juntando duas paixões que são a razão de ser desta coluna (e projeto), ele jogou com o balanço soul “Fazendo música, jogando bola”, do seu LP “Um raio laser”, de 1982.

MASCULINO E FEMININO (faixa 2)

No ano seguinte ele voltaria a fazer referência ao futebol, em “Rock’n’Gol”, de sua autoria com Baby, gravada no LP “Masculino e Feminino”. 

MORAES E PEPEU (faixa 9)

E em ano de Copa do Mundo, da Itália, reviveu a dupla com Moraes Moreira, outro apaixonado pelo jogo da bola, em especial pelo Flamengo, e juntos tabelaram em “Brasil campeão”, gravada no LP Moraes e Pepeu, de 1990.  



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