Na Brisa do Som

O rapper Filipe Ret quer o melhor do máximo sensacional

quarta, 01 de novembro de 2023

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O Filipe Ret do vídeo, 15 anos depois, acabou de lotar a Jeunesse Arena por dois dias seguidos. Dois meses antes do show, os 13.000 ingressos da primeira apresentação já tinham sido vendidos e ele teve que abrir mais uma data. Esses dois shows, que se tornarão um DVD, foram projetados para consolidar Ret como um artista grande dentro da nova música urbana brasileira.

Cria das batalhas de rap que tomaram conta do Rio de Janeiro no final dos anos 2000, Ret começou como fristaleiro, desenvolveu um trabalho autoral e com o sucesso de sua música criou sua própria gravadora - a Tudo Bom e depois a Nada Mal.

Há alguns anos, Ret decidiu que iria se tornar um artista pop, algo que Xamã, por exemplo, que já gravou com Luisa Sonza e Marilia Mendonça, havia conseguido fazer, não sei se com essa mesma proporção.Muitas coisas se perdem nesse caminho por causa dessa decisão. Outras se ganham.

Musicalmente, Ret já foi boombap e agora é mais trap e trap funk. Eu, pessoalmente, curto muito o disco Audaz, e algumas coisas do Revel e do Vivaz. 

Respeitado pelo Djonga e pelo universo do funk carioca, Ret conseguiu realizar aquela operação clássica do rapper: converteu seu estilo de falar e de pensar em arte e conseguiu monetizar essa arte. Com isso, criou as condições para transformar seu próprio estilo de vida em música e negócios. Mas não se contentou com o midstream profissional onde vivem excelentes artistas do rap brasileiro de hoje, como BK ou FBC. 

Decidiu que ia dominar o jogo, enquanto a maioria morre reclamando das regras.

Assista ao vídeo:

 Crédito: O fragmento do vídeo foi extraído do programa Rocinha Hip Hop apresentado por Luck Pe e Berzo,
como uma realização da GBCR e da TV ROC



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