'Negritude', álbum de Zezé Motta chega pela primeira vez nas plataformas digitais
A voz poderosa de Zezé Motta ecoa na história da música brasileira há muito tempo, desde os antigos anos setenta, quando Zezé gravou o primeiro disco solo em que compositores do porte de Rita Lee e Moraes Moreira entregaram canções inéditas para ela gravar. Além disso, a voz da artista imortalizou clássicos como “Trocando em Miúdos”, de Chico Buarque e Francis Hime, e “Pecado Original”, de Caetano Veloso, que nunca mais foram as mesmas depois da interpretação da cantora.
De 1975 a 79, lançou três LP’s, um deles foi o “Negritude”, disco lançado pela Warner Music Brasil, que trouxe na voz de Zezé canções dos mais diversos compositores da MPB.
“Desde o começo, a Warner queria que eu gravasse samba. Mas eu não queria ser rotulada de sambista. Nada contra, mas eu queria ser livre para cantar vários gêneros. E era também uma atitude política por perceber que queriam me pregar esse rótulo pelo fato de eu ser negra. Eu estava numa fase de militância mais radical e criei essa resistência. Mas para o segundo LP, que foi o ‘Negritude’, realmente me convenceram de que eu estava vendendo abaixo do esperado e que seria interessante tentar o caminho sugerido por eles. Aí já era uma questão de mercado, eu não podia botar a militante à frente da artista e topei fazer um disco de sambas. Então foi a vez da companhia promover uma feijoada na casa do Sérgio Amaral para o pessoal do samba. Compareceram: Martinho da Vila, Monarco, Padeirinho, João Bosco, Manacéa, Wilson Moreira, Nei Lopes. Uma turma de bambas. E assim saiu o disco”, afirma a artista.
Foto: Divulgação
Atuando com assiduidade na televisão, no cinema e nos shows, e saudada como a mais importante atriz-cantora do país, Zezé Motta durante os mais de 50 anos de carreira, rompe barreiras e coloca no centro da cena artística nacional as múltiplas dimensões do protagonismo feminino e negro em tela. O imenso talento e carreira da artista inspiram atuais e futuras gerações de mulheres que lutam por expressão, espaço e oportunidade.
Cantora, atriz, mãe de quatro filhos, ativista. Cinquenta e quatro anos de carreira. São 14 discos, 35 novelas e mais de 55 filmes. Impossível não se orgulhar. Não apenas pelos números. Mas também por sua história de luta contra o racismo. Esta é Zezé Motta.
Ouça agora o álbum nas plataformas digitais (clique aqui!)
Encaminhado por: Warner Music Brasil
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