A música possui vários papéis em nossa vida. Entreter, talvez, seja a mais conhecida delas, afinal, ouvimos músicas enquanto realizamos várias outras tarefas do cotidiano como dirigir, limpar a casa ou tomar banho. Porém, aprendi com o grande mestre Zuza Homem de Mello que devemos sentir a música e aproveitá-la ao máximo.
Para isso devemos nos concentrar só naquela obra sem outros afazeres.
Quando nos concentramos na música percebemos todos os detalhes do arranjo, as nuances da melodia e o recado contido em seus versos. Isto faz com que notemos outros elementos da canção e outras funções da música como educar, informar e denunciar. Como diria o ótimo Gonzaguinha, a música pode servir como um grande “grito de alerta”.
E o mês que passou, novembro, é um mês de muitos alertas e denúncias aqui no Brasil. No dia 20 foi o Dia da Consciência Negra. Uma data que serve para valorizar o povo negro que ajudou a construir nosso país, a cultura africana e afro-brasileira formadoras da sociedade brasileira. Uma data para relembrar e também celebrar a luta dos negros contra a opressão e covardia que sofreram no Brasil.
Cinco dias depois, 25, foi uma data importante no que tange as mulheres. Celebrou-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, uma data para refletir contra os inúmeros abusos que sofrem. Embora se tenha evoluído em alguns pontos, aqui no Brasil, estudos da Organização Mundial da Saúde revelam que 80% das mulheres apanham ou são violentadas porque os maridos têm comportamento violento.
E o Ponteio deste mês busca apresentar como nossos compositores descreveram esses dois temas importantes, os quais precisamos avançar para que possamos atingir o nível de humanidade desejada. Confira, abaixo, a história dos negros no Brasil e a violência e outras formas de opressão cantadas pela MPB:
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