Ponteio

A MPB de 1974

terça, 26 de março de 2024

Compartilhar:

A canção popular brasileira é feita de ciclos. A grande prova disso é que se voltarmos há 50 anos, no longínquo e saudoso 1974, vamos ver que o período em questão marca uma página importante da história musical.

Começando pelo samba, o grande gênero daquele ano, vamos ter o lançamento do primeiro álbum de Cartola. Com produção de João Carlos Botezelli (o Pelão), o disco foi distribuído pelo selo Marcus Pereira e contém alguns dos seus maiores clássicos, como "Disfarça e Chora", "Alvorada", “Acontece” e "O Sol Nascerá". 

Outro grande disco da história do samba também é deste ano: Alvorecer, de Clara Nunes, que reafirmaria Clara como uma das maiores do gênero cantando clássicos como “Conto de Areia”. Ainda nesse ritmo, Martinho da Vila e Luiz Ayrão estouraram as paradas de sucesso com “Canta, Canta, Minha Gente” e “No Silêncio da Madrugada”, respectivamente.

Mas nem tudo foi alegria para o samba. O ano de 1974 marcou três importantes despedidas: João da Baiana e Donga, pioneiros desse ritmo por aqui, e que inclusive discutiram por muito tempo sobre a autoria de “Pelo Telefone”, considerado o primeiro samba oficial do país, e também do mestre do samba-canção, Lupicínio Rodrigues, compositor de clássicos como “Felicidade”, “Cadeira Vazia”, “Nunca” e “Judiaria”.

Voltando aos álbuns, 1974 ainda teve o lançamento de três outros marcos históricos na MPB: Elis e Tom (um clássico que dispensa apresentações), A Tábua de Esmeralda (o melhor de todos os discos da bela carreira de Jorge Ben Jor) e Gita (que afirmou Raul Seixas na galeria imortal de nossa canção). 

E, claro, 74 teve os clássicos de sempre: Roberto Carlos, Ivan Lins, Jair Rodrigues, Chico Buarque e tantos mais. Ouça-os no Ponteio deste mês acessando:  

Comentários

Divulgue seu lançamento