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10 arranjadores essenciais da música brasileira

quinta, 21 de janeiro de 2021

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Nas etapas de produção e concepção de uma música, um dos momentos mais essenciais é certamente a criação do arranjo. É ele que define como a canção será apresentada ao público, e na maioria das vezes faz toda a diferença na forma como uma música é recebida. 

Separamos aqui 10 arranjadores da música brasileira que fizeram história em nossa memória musical. Confira logo abaixo! 

1- Radamés Gnattali

Multi-instrumentista, compositor e orquestrador, Radamés Gnattali foi um dos maiores responsáveis pela diluição das fronteiras entre erudito e popular no Brasil. Ao longo de cerca de cinco décadas dedicadas à música brasileira, criou um tipo de orquestração que virou padrão de qualidade por anos a fio. 


2- Pixinguinha

Além de ter sido também compositor e instrumentista de grande sucesso, Pixinguinha consolidou uma carreira como orquestrador e arranjador. Ao lado de Radamés Gnattali, se firmou como o principal nome do arranjo na Época de Ouro, entre as décadas de 1930 e 1940. 


3- Severino Araújo

Com mais de 70 anos de atividade à frente da Orquestra Tabajara, Severino Araújo foi um dos grandes modernizadores da música brasileira a partir da década de 1940. Tornou-se pioneiro ao misturar a sonoridade das big bands americanas com os ritmos brasileiros, criando um som original e moderno. 


4- Rogério Duprat

De formação erudita e interessado em cultura popular e nos movimentos de vanguarda, Rogério Duprat foi um dos principais arquitetos da sonorização do movimento da Tropicália nos anos 1960. Orquestrou e arranjou discos dos Mutantes, Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Seu trabalho mais celebrado é o disco-manifesto “Tropicália ou Panis et Circencis”, lançado em 1968.  


5- Lindolpho Gaya

Considerado por inúmeros críticos musicais como um dos maiores arranjadores da música brasileira, Lindolpho Gaya já trabalhou com nomes como Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola e Elza Soares. Seu trabalho mais emblemático, no entanto, foi a orquestração do antológico disco “Clube da Esquina”, encabeçado por Milton Nascimento e Lô Borges


6- Lincoln Olivetti 

Chamado de “Mago do Pop”, Lincoln Olivetti foi responsável pela criação de uma sonoridade pop que prevaleceu na música brasileira entre os anos 1980 e 1990. Apesar de na época ter sido acusado de “pasteurizar” a MPB, hoje tem seu legado reconhecido pela criação de arranjos antológicos da memória musical, como os de “Lança perfume” (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1980), “Festa do interior” (Moraes Moreira e Abel Silva, gravada por Gal Costa em 1981) e “Banho de cheiro” (Carlos Fernando, gravada por Elba Ramalho em 1983).


7- Rildo Hora

Instrumentista, compositor, produtor musical e maestro, Rildo Hora é um dos principais arranjadores do samba. Sua marca registrada são os arranjos sofisticados - com muitas cordas e sopros - mas sem jamais ofuscar os componentes derivados da matriz africana e que tanto significam para o samba, como o batuque e os instrumentos de percussão. 


8- César Camargo Mariano

Um dos arranjadores mais premiados atualmente, além de ser também um pianista consagrado, César Camargo Mariano começou a carreira nos anos 1960 como compositor e arranjador de Bossa Nova, época em que trabalhou com nomes como Lennie Dale e Wilson Simonal. Ao longo de sua carreira, já fez arranjos para diversas estrelas da MPB, como Gal Costa, Maria Bethânia, Simone, Nana Caymmi, Elis Regina e Rita Lee. 


9- Jaques Morelenbaum 

Um dos mais conceituados instrumentistas do país, passou a atuar também como arranjador quando se uniu a Caetano Veloso. A partir daí, passou a trabalhar também com Tom Jobim ("Passarim", dentre outros), Gal Costa ("Mina d'água do meu canto"), Paula Morelenbaum, Ivan Lins, Barão Vermelho e Skank, dentre outros.


10- Wagner Tiso 

Um dos mais importantes instrumentistas do país, criador do grupo Som Imaginário, também já produziu diversos arranjos, sendo sua parceria mais constante com Milton Nascimento. Desempenhou papel central nos discos “Clube da Esquina” (1972), “Milagre dos Peixes” (1973), “Ao Vivo” (1974), “Native Dancer” (1975) e “Minas” (1975).


Que outros arranjadores você adicionaria a essa lista? Deixe nos comentários! :D

Texto por: Tito Guedes 

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